13 de abr. de 2011

EBD nº 13 - FAZEDORES DE TENDAS, Profissionais em Missões

Texto básico: Atos 18:1-5; 20:32-35

De zero a 1 milhão - uma breve história do Nepal.

Há 60 anos não havia presença cristã reconhecida no Nepal. Em 1952, o rei hindu convidou profissionais para irem, trabalharem e contribuírem com o desenvolvimento do seu país em cinco áreas: educação, saúde, desenvolvimento comunitário, engenharia e ciência florestal.
O rei foi muito claro em suas expectativas: os profissionais deveriam trabalhar em suas diferentes áreas, mas eram proibidos de qualquer atividade religiosa.
Dessa forma os cristãos passaram pela porta aberta e adentraram o país como profissionais missionários.
Qual a situação da igreja do nepalesa hoje? De zero passou para mais de um milhão de cristãos. Como isso foi possível?! Não existe qualquer lei no mundo que proíba alguém de fazer amizades, de ser um profissional do modo como Jesus seria e de responder à perguntas sobre sua própria fé. Com o testemunho de vida daqueles profissionais, o evangelho penetrou a cultura e se estabeleceu. Nasceu a igreja nacional, não condicionada ao formato ocidental.


I. QUE É UM FAZERDOR DE TENDAS?

São discípulos de Jesus Cristo que, chamados por Deus e comissionados pela sua igreja, usam seus dons,, talentos e habilidades profissionais para servir ao Senhor em um contexto transcultural.

O uso da profissão em missões:
A idéia de usar suas profissões para sustentar a obra tem sua origem no exemplo do apóstolo (de verdade) Paulo. Em Atos 18:1-3, lemos que ele se encontrou com Priscila e Áquila, e uma vez que tinham o mesmo ofício, fazedores de tendas, passaram a trabalhar juntos. Entendemos disso que Paulo, sendo um rabi, foi treinado em um ofício que o ajudaria a se sustentar. Do exemplo desse apóstolo, cresceu a ideia de um missionário, "fazedor de tendas", que usa suas habilidades profissionais para se sustentar, enquanto faz missões.
Entretanto, o fato de Paulo ter-se sustentado por um tempo em Corinto não significa que essa foi sua estratégia principal no ministério de missionário pioneiro, como alguns têm sugerido. Uma análise do Novo Testamento revela que Paulo foi sustentado por meio de uma combinação de ofertas de igrejas com o trabalho dele e de sua equipe. Também Paulo sabia, às vezes, como passar necessidade sem desistir (Fp 4:12).

De que maneira você tem usado sua profissão para testemunhar de Cristo em sua própria cultura?

Que vantagens ou desvantagens um "fazedor de tendas" têm sobre um missionário tradicional?

II. PROFISSIONAIS EM MISSÕES NO ANTIGO TESTAMENTO

No antigo testamento encontramos muitos homens e mulheres de Deus que serviam a Deus enquanto desenvolviam suas vidas profissionais. Quais desses foram também missionários (enviados) para serem testemunhas transculturais?
Alguns se destacam como profissionais que pelo seu desempenho serviram a Deus de forma extraordinária. Em principio vamos considerar dois nomes, e como Deus os usou na missão

Daniel, um profissional que testemunhou diante de reis
(Dn 1.1-4, 17-21; 2:26-28, 46-49; 4:24-27,33-34, 37)
O que mais nos chama atenção na história de Daniel é a ênfase na soberania de Deus. Somos informados que  foi o Senhor quem entregou Jeoaquim nas mãos de Nabucodonosor (Dn 1:2) e quem capacitou Daniel e seus amigos para se destacarem nos estudos culturais e científicos da Babilônia; foi Deus quem deu a Daniel a habilidade especial para interpretar sonhos (Dn 1:17). Aparentemente para Daniel ir para babilônia era um desastre pessoal e nacional, sem igual, mas na soberania divina,, foi uma oportunidade para ele ser parceiro na missão de Deus, porque Daniel escolheu ser fiel a Deus e dedicado na vida profissional.
No decorrer dos sessenta anos da vida profissional de Daniel na corte de vários reis pagãos, percebemos Deus cumprindo Sua missão por meio do serviço profissional exemplar de Daniel. Como administrador e conselheiro, ele testemunhava fielmente sobre o fato de que "O Deus altíssimo domina sobre os reinos dos homens e coloca no poder a quem ele quer" (Dn 5:21 NVI). Sua coragem e fidelidade têm sido exemplos de como Deus usa pessoas dispostas e fiéis por meio da vida profissional.

Neemias, um profissional que se identificou com o povo sofredor
(Ne 1:1-4; 2:1-5; 5:6-12; 6:15-16; 7:1-4)
A história de Neemias começa mostrando-o como copeiro do rei Artaxerxes I, rei da Pérsia. Uma posição privilegiada para as pessoas mais confiáveis da corte do rei. Neemias ficou profundamente incomodado com as circunstâncias humilhantes e sofredoras nas quais  os judeus viviam na região de Jerusalém (Ne 1:3), e se dedicou à oração e jejum em favor de seu povo. Alguns oficiais do império persa não queriam ver o povo de Israel prosperar e faziam tudo para frustrar o restabelecimento de Jerusalém e a reconstrução dos seus muros.
Depois de quatro meses, enquanto servia ao rei, Neemias pediu demissão para ir a Jerusalém começar a reconstrução dos muros (Ne 2:1-8). A permissão real foi concedida, e Neemias viajou com a nova atribuição de governador. Ao chegar, conseguiu reunir e motivar o povo para a obra de reconstrução dos muros. O livro de Neemias descreve os 52 dias da obra de reconstrução, e a transformação das circunstâncias do povo de Deus naquela época.
Chama nossa atenção como Neemias tomou uma atitude corajosa, trocou a segurança do emprego na corte do rei e se tornou líder de um povo oprimido. Mesmo diante de oposição, ele se dispôs a correr riscos como conseqüência do serviço em favor do povo.
Além dos desafios externos, Neemias teve que lidar com a injustiça social dentro da própria comunidade. O exemplo de líder honesto e justo lhe deu autoridade moral na resolução das injustiças que aconteciam (Ne 5).

Assista ao vídeo:

Nenhum comentário:

Postar um comentário